sábado, 9 de junho de 2012

Linguagem poética e linguagem científica

"[...] a poesia, o nomear que instaura o ser e a essência das coisas, não é um dizer caprichoso, mas aquele pelo qual se torna público tudo o que depois falamos e tratamos na linguagem cotidiana. Portanto, a poesia não toma a linguagem como um material já existente, senão que a poesia mesma torna possível a linguagem. A poesia é a linguagem primitiva de um povo histórico. [...] então é preciso entender a essência da linguagem pela essência da poesia." (HEIDEGGER, Arte e poesia. 1992)

“A filosofia está escrita neste imenso livro que continuamente está aberto diante de nossos olhos (estou falando do universo), mas que não se pode entender se primeiro não se aprende a entender sua língua e conhecer os caracteres em que está escrito. Ele está escrito em linguagem matemática e seus caracteres são círculos, triângulos e outras figuras geométricas, meios sem os quais é impossível entender humanamente suas palavras: sem tais meios, vagamos inutilmente por um escuro labirinto.”
(GALILEI, G. Il saggiatore. Apud REALE, G. & ANTISERI, D. História da filosofia.
São Paulo: Paulinas, 1990, v. 2, p. 281.)