"Foi muito mais nos costumes do que nos escritos que os filósofos aprenderam a maior de todas as artes: a de bem viver." Cícero
sexta-feira, 19 de agosto de 2011
domingo, 15 de maio de 2011
Curso: Estética e Filosofia da Arte.
ESTÉTICA E FILOSOFIA DA ARTE (8 h/aula)
De 08/06/2011 a 29/06/2011
Quartas das 17h às 19h ou
Sextas das 19h às 21h.
Tópicos norteadores do Curso:
- · O surgimento da Estética e da Filosofia da Arte.
- · Como podemos identificar o que é belo e a universalidade da beleza.
- · Os românticos e a crítica de arte.
- · Os ready mades e a arte contemporânea.
Investimento: 80,00 reais.
Inscrições Abertas!
CEAC - Centro de Estudos sobre o Atual e o Cotidiano.
Rua Visconde do Uruguai, 344. Valparaíso - Petrópolis, RJ.
Tel.: (24) 2231-6862 - (24) 8807-0276
ceac_petropolis@terra.com.br
sexta-feira, 13 de maio de 2011
Curso: Filosofia para Leigos
FILOSOFIA PARA LEIGOS
Módulo I: “O Surgimento da Filosofia” (16 h/aula)
De 08/06/2011 a 28/07/2011
Quartas de 19h às 21h ou Sextas de 17h às 19h
Tópicos norteadores do Curso:
- · O surgimento do pensamento crítico.
- · Pensamento mitológico X Pensamento filosófico.
- · Os primeiros filósofos: Pré-socráticos ou Filósofos da natureza.
- · Sócrates: o filósofo da praça publica.
- · Platão e o mundo das ideias.
- · Aristóteles e a metafísica.
- · As escolas filosóficas helenísticas: cinismo, ceticismo, epicurismo e estoicismo.
- · A herança da Filosofia Antiga nos dias de hoje.
Investimento: 80,00 reais/mês.
Inscrições abertas!
CEAC - Centro de Estudos Sobre o Atual e o Cotidiano.
Rua: Viscnde do Uruguai, 344. Valparaíso - Petrópolis, RJ.
Tel.: (24) 2231-6862 - (24) 8807-0276.
ceac_petrpolis@terra.com.br
quarta-feira, 27 de abril de 2011
sexta-feira, 15 de abril de 2011
Porque precisamos da Filosofia?
No mundo de hoje, onde o avanço tecnológico domina não só os meios informativos, mas habita nossas mentes todo o tempo como um novo paradigma. Num mundo obsecado pela beleza, reino dos descartáveis e domínio dos consumistas, fica cada vez mais difícil o caminho da reflexão. Não sabemos lidar com os problemas do cotidiano, estamos reduzidos e condicionados a jogar fora o que não serve mais. A filosofia continua como uma “corda de segurança” através da qual permanecemos agarrados buscando uma solução. Ainda que seja difícil encontrar uma resposta concreta, examinar a nossa vida é uma obrigação, já nos dizia Sócrates que uma vida sem exame não merece ser vivida. Porém, mais árduo que seja manter-se junto a essa corda, é, na verdade, mostrar e expandir a filosofia para todos. Demonstrar que refletir é o melhor caminho a seguir nas emergências de nossa existência.
A reinclusão da filosofia no ensino médio já é um grande passo na direção certa, mas continuamos aquém de uma solução. É preciso muito mais, uma mudança completa, social e intelectual. Precisamos reaprender a viver, o que só é possível vivendo. Como nos diz sabiamente Guimarães Rosa em seu Grande Sertão: Veredas.
"Viver é muito perigoso... Porque aprender a viver é que é o viver mesmo... Travessia perigosa, mas é a da vida. Sertão que se alteia e abaixa... O mais difícil não é um ser bom e proceder honesto, dificultoso mesmo, é um saber definido o que quer, e ter o poder de ir até o rabo da palavra."
Mesmo sabendo que essa visão é de certa forma utópica, não estamos impedidos de tentar e essa é nossa responsabilidade. É difícil mudar o mundo, mas se começarmos por nós mesmos, já estaremos agindo. Precisamos procurar entender o mundo, sua evolução, suas necessidades, para viver melhor.
sábado, 9 de abril de 2011
Afinal, gosto se discute?
Falar sobre a beleza nos dias de hoje não é nada fácil, vivemos em um mundo fugaz onde experiências acerca do belo tornam-se cada vez menos intensas. Estamos imersos em uma realidade “descartável” na qual é impraticável qualquer tipo de tentativa em estabelecer algum parâmetro através do qual possamos julgar, ou ao menos discutir sobre a beleza. Costumamos dizer que gosto não se discute, cada um tem o seu, e insistimos nesse pensamento sempre, e herdamos esse pensamento do filósofo empirista David Hume. O empirista inglês acreditava que a beleza se caracteriza por sua recepção, ou seja, somente através da experiência. Logo, não podemos passá-la ao âmbito racional simplesmente. Por essa razão é que costumamos dizer que não há discussão sobre aquilo que sentimos. E, além disso, nossa argumentação é falha quando tentamos construir algo sólido para justificar nosso gosto, parece que perdemos essa capacidade. Se alguém nos pergunta, porque achamos alguma coisa bela, nossa resposta quase sempre é vazia, respondemos dizendo que simplesmente gostamos e ponto final.
Porém se olharmos por outro ângulo, somos intelectualmente capazes de dar razões através das quais denominamos tal coisa bela, ou não. Sendo assim, podemos concordar quando o filósofo Immanuel Kant afirma que ao experimentar a beleza sentimos algo que vai além de um prazer na sensação, experimentamos na verdade uma espécie de prazer reflexivo. Antes de qualquer coisa precisamos entender que esse prazer reflexivo se caracteriza justamente na capacidade que temos de refletir acerca do que sentimos e/ou pensamos. Quando sentimos esse prazer reflexivo estamos completamente aptos a realizar uma comunicação de tal sentimento. Devemos então, além de sentir, justificar reflexivamente nosso prazer, dessa forma estaremos inscrevendo nosso juízo em uma faculdade autônoma. Mostrando que além ter de gosto, podemos prová-lo e dar razões para que todo e qualquer sujeito possa julgar a beleza da mesma forma.
terça-feira, 5 de abril de 2011
Paulinho da Viola - Filosofia
A arte é capaz de revelar os sentimentos, sempre de maneira única e bela...
segunda-feira, 4 de abril de 2011
A "reconstrução" depois da catástrofe.
É admirável o fato de que somente na semana passada, quase três meses depois da tragédia que assolou a região serrana, realizou-se o primeiro “debate” acerca do que deve ser feito para evitar futuras catástrofes. E ainda mais incrível que isto, é poder observar o total despreparo de nossos governantes em tomar decisões coerentes para realmente modificar a realidade daqueles que foram afetados pelas chuvas. Um grande exemplo é que esta assembléia foi uma iniciativa do Bispo diocesano de Petrópolis através de um manifesto, o que a meu ver deveria ser da diligência dos políticos, os maiores responsáveis pela reconstrução pós tragédia.
A questão central proposta por Dom Filippo Santoro, é primeiramente a reconstrução de uma consciência, através da qual poderemos não só redefinir os parâmetros para construir novos lares, mas também valorizar a dignidade humana proporcionando novas perspectivas. Porém representantes políticos, dentre eles vereadores e deputados não mostraram uma direção certa a seguir, apenas falaram sobre projetos, e projetos, e medidas provisórias, nas quais o interesse maior está em criar um tipo de “alerta” que avisará a iminência de chuvas e deslizamentos. Tal alerta deve ser utilizado sempre na intenção de poupar vidas, mas está longe de ser uma solução adequada. É preciso muito mais do que isso para proporcionar segurança à sociedade.
Os moradores devem permanecer, na medida do possível, longe de áreas de risco, devem ser preparados não só para correr ao som de um alarme, que avisa sobre extensas quantidades de chuvas, mas principalmente para habitar um lugar sem causar um impacto ecológico de grandes proporções. Infelizmente nenhum membro do governo foi capaz de estabelecer alguma medida real e concreta para ser tomada, nada foi decidido. Por outro lado, esse foi um grande passo na direção certa, com a população participando só temos a ganhar. Outra assembléia ficou marcada para o dia 19 de maio, seria ótimo que mais pessoas participassem analisando e debatendo. E esperamos que os políticos mostrem mais coesão e decisão, em vez de tanta inaptidão.
segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011
Ética e corrupção
Não é difícil identificar a corrupção que se faz presente em nossa sociedade, infelizmente difícil é chegar ao cerne dessa questão, ou melhor, à raiz do problema. Que não se encontra na democracia, muito pelo contrário, está onde menos se espera, em nosso cotidiano. A explicação para a causa desse problema remonta, certamente, às bases da formação de nosso país, que foram fincadas no coronelismo, no clientelismo e no patrimonialismo. Porém tantos ismos não dão conta de responder uma questão tão fundamental para nós nos dias de hoje. Nossa busca aqui é por vislumbrar algumas das origens desse comportamento no enfoque ético.
O famoso jeitinho brasileiro que resolve as coisas em favor próprio, muitas vezes quebrando regras, certamente dá origem a esse comportamento corrupto. Ultrapassar o sinal vermelho, furar fila, aproveitar as oportunidades a fim de conceder-se certos direitos e tratar o que é público como privado são exemplos de que a noção ética de nossa sociedade está corrompida. “Beneficiar-se” já se tornou um modo de ser das pessoas e das instituições, e assim podemos enxergar que essas atitudes já se enraizaram nas bases de nossa estrutura social, assumindo caráter de normalidade.
O que nos explica Immanuel Kant, filósofo do século XVIII, é que a ética deve ser uma regra perante a qual todos são iguais, mas infelizmente não é isso que testemunhamos hoje. A lista com as causas da corrupção é extensa e é fato que ela só existe no topo da pirâmide social porque está alicerçada em sua base. O correlato de tal aspecto é a sensação de impunidade que imobiliza o crescimento de nosso país, o qual parece estar preso a um “mau costume” sem fim. Não é fácil admitir que a raiz desse problema, que tanto nos incomoda encontra-se em nossas próprias atitudes. Agora fica a pergunta: ainda a tempo para consertar essa cultura da impunidade?
A corrupção não é fácil de ser combatida, mas a intenção deve ser levada adiante, por meio do desenvolvimento permanente de um ambiente hostil a qualquer tipo de ação corrupta e o direito a informação e educação, ambas de boa qualidade. Todos podem fazer muito a esse respeito se começarem pelo o que está ao seu alcance. Não adianta transferir essa responsabilidade para outros é nosso dever zelar por um país melhor, por um mundo melhor, e esse mundo melhor começa com a atitude de cada um de nós.
Júlia Casamasso Mattoso
sábado, 12 de fevereiro de 2011
A filosofia e o futuro ecológico.
Primeiramente precisamos nos perguntar qual é o ponto de partida que devemos tomar para pensar a tarefa da filosofia diante de tantos desafios ambientais de nossa sociedade atual. E, principalmente, qual deve ser a função da filosofia para reordenar a relação entre homem, natureza e sociedade. Através dessas questões podemos remontar diversas reflexões, mas acredito que a mais urgente diz respeito ao paradigma dominante que instrumentalizou o mundo. Acerca do qual, o homem transformou o mundo em um objeto de consumo e de posse, sendo incapaz de se contemplar como integrante da natureza.
Apesar da preocupação com o meio ambiente ter ocupado diversos cenários, como: escolas, alguns programas de televisão, e entrando em foco após desastres naturais de grande porte. Não é o suficiente, pois sobram opiniões, mas faltam atitudes. Devemos analisar o problema como um todo, pois como nos diz Moacir Gadotti, pela primeira vez na história da humanidade, podemos realmente destruir a vida do planeta. E não se trata de uma destruição por guerras e/ou armas nucleares, mas pela forma como estão sendo manejadas as questões ambientais, e como utilizamos os recursos naturais. Esquecemos-nos que a natureza não é inesgotável, que seus recursos estão acabando, e precisamos urgentemente aprender a viver de outra forma.
Essa possibilidade de autodestruição nunca mais desaparecerá da história da humanidade, afinal daqui para frente esse problema vai tomar proporções cada vez maiores, e todas as gerações serão confrontadas com a tarefa de resolvê-lo. Todo esse processo nos mostra que além de estarmos destruindo os sistemas de vida e os processos ecológicos do planeta, nosso modelo de sociedade não é mais viável e tende a um fim. Por isso, é mais que necessário a criação de políticas publicas para que estas questões não permaneçam no âmbito de menor importância, mas ocupem o lugar central no debate sobre o futuro que queremos construir.
Júlia Casamasso Mattoso
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