sábado, 12 de fevereiro de 2011

A filosofia e o futuro ecológico.






Primeiramente precisamos nos perguntar qual é o ponto de partida que devemos tomar para pensar a tarefa da filosofia diante de tantos desafios ambientais de nossa sociedade atual. E, principalmente, qual deve ser a função da filosofia para reordenar a relação entre homem, natureza e sociedade. Através dessas questões podemos remontar diversas reflexões, mas acredito que a mais urgente diz respeito ao paradigma dominante que instrumentalizou o mundo. Acerca do qual, o homem transformou o mundo em um objeto de consumo e de posse, sendo incapaz de se contemplar como integrante da natureza.
Apesar da preocupação com o meio ambiente ter ocupado diversos cenários, como: escolas, alguns programas de televisão, e entrando em foco após desastres naturais de grande porte. Não é o suficiente, pois sobram opiniões, mas faltam atitudes. Devemos analisar o problema como um todo, pois como nos diz Moacir Gadotti, pela primeira vez na história da humanidade, podemos realmente destruir a vida do planeta. E não se trata de uma destruição por guerras e/ou armas nucleares, mas pela forma como estão sendo manejadas as questões ambientais, e como utilizamos os recursos naturais. Esquecemos-nos que a natureza não é inesgotável, que seus recursos estão acabando, e precisamos urgentemente aprender a viver de outra forma.
Essa possibilidade de autodestruição nunca mais desaparecerá da história da humanidade, afinal daqui para frente esse problema vai tomar proporções cada vez maiores, e todas as gerações serão confrontadas com a tarefa de resolvê-lo. Todo esse processo nos mostra que além de estarmos destruindo os sistemas de vida e os processos ecológicos do planeta, nosso modelo de sociedade não é mais viável e tende a um fim. Por isso, é mais que necessário a criação de políticas publicas para que estas questões não permaneçam no âmbito de menor importância, mas ocupem o lugar central no debate sobre o futuro que queremos construir.

Júlia Casamasso Mattoso

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