Filosofia e arte sempre se mostraram
próximas em diversos aspectos, ambas fonte de conhecimento e reflexões. Dentre
todas as artes existe uma em especial que possui uma grande quantidade de
ligações com a filosofia, esta é o cinema. É possível encontrar um
lugar comum entre a filosofia e o cinema. Em seu livro “Convite à Filosofia”,
Marilena Chauí diz: “Como o livro, o cinema
tem o poder extraordinário, próprio da obra de arte, de tornar presente o ausente,
próximo o distante, distante o próximo, entrecruzando realidade e irrealidade, verdade
e fantasia, reflexão e devaneio.” Percebemos com isso, até onde o cinema
pode nos levar; não há um senso de espaço, pois sentimos a proximidade do
ocorrido de um filme porque experimentamos a distância.
Levar estudantes de filosofia ao
encontro da sétima arte pode ser um papel fundamental para sua formação. No
mundo de hoje, apesar de tanta informação e acesso ao cinema, poucos são
aqueles que assistem a filmes que provocam verdadeiramente reflexão. A grande
maioria tem acesso a filmes comerciais que muitas vezes não acrescentam nada,
provocam apenas a distração, o lazer. Ao promover este encontro, possibilitamos
aos estudantes perspectivas diferentes, abrimos os olhos não só para as
imagens, mas para a imaginação. A percepção se torna mais ampla e o sentimento
provocado é capaz de suscitar pensamentos e críticas.
Pretendemos fomentar a compreensão da
forma como as temáticas filosóficas podem aparecer em produções
cinematográficas. Salientando as possibilidades de enxergar e trabalhar as
realidades (ou as fantasias) do mundo por de trás das câmeras. De tal modo a
fazer com que os estudantes possam perceber que um filme traz em si diversos
aspectos, as características presentes têm um fundamento e vinculam-se a intenções,
ideologias, teorias, etc. Assim é necessária uma sensibilização do olhar: contextualizar
uma produção de relevância temática, isto é, os conceitos que impulsionaram a
criação e efetivação da ideia para o cinema, e como estas dialogam com os
temas, conceitos e conteúdos filosóficos. Visando
assim, caracterizar o cinema como uma forma de linguagem que favorece a
interpretação das teorias filosóficas.
Entre os objetivos específicos que
podemos elencar para a prática desta atividade encontram-se a necessidade de
realizar um trabalho a partir de um tema, esclarecendo as teorias,
interpretando as ideias, e refletindo acerca dos questionamentos filosóficos.
Os movimentos, as ideias, os autores e os pensamentos trabalhados através do
cinema pretendem não só encontrar meios para tratar conceitos, interpretar
textos e compreender as ligações da sétima arte com o cotidiano, mas também
aproximar cada vez mais o estudante da unificação do conhecimento para fomentar
um encontro artístico-filosófico.
Olá Julia. Pesquisando sobre cinema e filosofia, encontrei teu blog. Lancei ao final de outubro/2016 meu próprio blog https://cinefletindo.wordpress.com/, refletindo com o cinema. Sou apenas uma cinéfila e uma pessoa que busca o autoconhecimento e transformação. Quem sabe poderemos 'trocar figurinhas'. Abraços
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