"Como o menor grão de poeira é solidário de nosso sistema solar inteiro, carrega consigo neste movimento indiviso de descida que é a materialidade mesma, assim todos os seres organizados, do mais humilde ao mais elevado, desde as primeiras origens da vida até os tempos em que estamos, e em todos os lugares como em todos os tempos, só fazem tornar sensível aos olhos uma impulsão única, inversa ao movimento da matéria e, em si mesma, indivisível. Todos os seres vivos se prendem e todos cedem ao mesmo formidável impulso. O animal toma seu ponto de apoio à planta, o homem cavalga sobre a animalidade, e a humanidade inteira, no espaço e no tempo, é um imenso exército que galopa ao lado de cada um de nós, diante e atrás de nós, em um avanço comovente capaz de derrubar todas as resistências e superar muitos obstáculos, mesmo, talvez, a morte.”
- H. Bergson
Nossa humanidade como ressalta Bergson, filósofo e diplomata francês, é um grande exercício, exercício de vivência, exercício de ser. Nosso avanço é avassalador, ele promove movimentos distintos e eternos. Movimentos que não cessam, não têm fim... Simplesmente recomeçam num ciclo constante, o ciclo da vida.
Diante de todo esse movimento constante surgem as ideias, os sentimentos, as reflexões mais fundamentais. Fundamentais para nossa vida, para vida daqueles que nos cercam, para todo o mundo, numa espécie de força promotora de energias que guiam a nossa existência. Ou seja, nossas próprias forças, são capazes de gerar todo um mundo de cadências e experiências pessoais.
Vivemos buscando sempre as renovações necessárias, as quais nos motivam, nos fazem acordar todas as manhãs, nos despertam para a vida. Mas essas renovações não dependem de ninguém senão de nós mesmos. Somos máquinas incríveis, e nos recarregamos sozinhos. É claro que precisamos de companhia, do amor do próximo, queremos e carecemos do outro. No entanto o movimento vem de dentro de nós, nascemos sozinhos e morreremos sozinhos. A energia, a vontade, vem de dentro de cada um e é preciso amor para conosco, é preciso vontade de fazer. É preciso querer, não podemos mais esperar.
Uma das razões para hesitarmos em fazer algo que tem que ser feito é ninguém mais parecer incomodado com a situação. Isso se resume a algo fundamental nos seres humanos: somos animais sociais e aprendemos a forma correta de agir observando os outros. Entretanto, todas as revoluções aconteceram porque alguém decidiu fazer algo novo. Os atos dessa primeira pessoa "deram permissão" aos outros, ainda que para fazer algo que já queriam.
Vamos logo, o mundo está aí exigindo de nós uma postura, uma resposta. Vamos nos colocar, vamos viver de forma plena, vamos fazer a diferença. Sejamos esse movimento de forças que sacode a humanidade de seu esplendor. Vamos viver! Vamos ser felizes AGORA!
Um abraço aos meus novos alunos do Colégio São Judas Tadeu.
Vamos, Julia!!!
ResponderExcluirEu vejo o mundo num momento bem interessante, acho que há um "formigamento" (de uns 10 anos pra cá), que eu nunca tinha presenciado antes. Acho que a percepção de uma certa acomodação é ilusória, justamente por querermos modificar as coisas e nenhuma mudança acontece assim do dia pra noite... Fico feliz em estar rodeada por pessoas que farão (fazem) a diferença, como vc.
Víviam Nálio